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domingo, 4 de março de 2012

Lugar da Penha (Santuário da Peninha), e a Anta ou Dolmem de Adrenunes

As Origens
Desde tempos imemoriais, a Serra de Sintra, exerceu um grande fascínio no imaginário humano.
A parte ocidental que visitámos, tem ainda mais carga simbolica, talvez, por estar junto ao mar, e por ser a parte última donde, de terra, se vê o pôr do sol e da lua.
Na caminhada de 4 de Março marcámos presença nos dois expoentes máximos  da manifestação do homem nos primórdios da nossa época : o Lugar da Penha (Santuário da Peninha), e a Anta ou Dolmem de Adrenunes.


Origem da denominação de “Sintra”

Sintra, cuja mais antiga forma medieval conhecida "Suntria" apontará para o indo-europeu “astro luminoso” ou “sol”.
Terá sido designada por Varrão (Marco Terêncio Varrão) e Columela (Lúcio Júnio Moderato) como Monte Sagrado.
No passado romanceado e em muito ajudado pela História, o "Promontório de Ofiússa" (Ofiússa: como os gregos antigos designavam o território português:"Terra das Serpentes"), a "Mons Lunae" ou "Serra da Lua" ou “Promontório da Lua” segundo Ptolomeu.
O geógrafo árabe Al-Bacr, no século X, caracterizou Sintra como “permanentemente mergulhada numa bruma que se não dissipa” (*).
Luís Vaz de Camões indicou-a como “Onde a terra se acaba e o mar começa”.
(*) para o nosso caso particular, em que nos adensamos no nevoeiro que não nos deixou apreciar a linda paisagem, este senhor foi o que mais perto da verdade ficou...


História sobre a edificação no Lugar da Peninha
Na base do monte da Peninha, situa-se a Ermida de São Saturnino dos tempos medievais, erigida por D. Pêro Pais, companheiro de armas de D. Afonso Henriques na conquista do território português, sendo assim desse modo, uma das mais - senão a mais - antigas ermidas de Portugal (Século XII - o início de Portugal).
No cume do monte da Peninha, a Capela de Nossa Senhora da Penha (Santuário da Peninha), remonta ao século XIV. Existe, também, uma referencia em que D.Manuel que terá comparticipado na sua construção em 1511, entregou a sua utilização à Ordem de São Jerónimo.
Em 1673, esta ermida caiu por ocasião de um terramoto, e passados uns anos, um devoto ermitão, frei Pedro da Conceição, empregou todos os seus haveres na construção de uma igreja, dedicada a Nossa Senhora da Peninha.
Aqui viveu frei Pedro da Conceição numa gruta, trinta e cinco anos. A sua sepultura, que está da parte de fora da igreja, tem este epitáfio tão melancólico como o sítio: “Aqui jaz o Eremita de Nossa Senhora da Peninha, o irmão Pedro da Conceição. Pede um Padre-Nosso e uma Ave-Maria pelos benfeitores”.
Dividindo o cume do monte da Peninha com o Santuário da Peninha, existe o Palácio da Peninha, ou o Palacete de Carvalho Monteiro, o homem que mandou edificar a Quinta da Regaleira, e que deu início aos trabalhos na Peninha em 1918, tendo-os deixado praticamente no início, devido ao seu falecimento em 1920.


Anta de Adrenunes

Antas ou Dólmens são monumentos megalíticos destinados a túmulos colectivos. Representam a primeira manifestação religiosa do Homem.
De origens que remontam ao espaço temporal situado entre o V e o III milénio A. C. na Europa (época Megalítica) encontram as raízes dos seus nomes de “Dolmem” (do Bretão "dol" = "mesa" e "men" = "pedra"), e no Latim "Antas" significando "pilares que ladeiam portas".
Estes monumentos podem ser conhecidos também por "arcas", "orcas", ou "palas".
Em termos de cultura popular, poderão ser também conhecidos como "fornos de mouros", "pias", ou "casas de mouros".
Mais do que um menir, que mais que guarda não é de um único sepulcro, um Dólmen ou Anta funciona como sepultura colectiva, e esta, a de Adrenunes, voltada a poente para no cessar do dia o pôr-do-sol iluminar o sepulcro de todos que nele residem, é um monumento híbrido, que conjuga elementos naturais da Serra granítica com alguns elementos arquitectónicos.

Referencias utilizadas:
wikipédia (Sintra) - http://pt.wikipedia.org/wiki/Sintra

Esmeralda Luís

1 comentário:

  1. Parabéns! Gostei muito da lição de história sobre o Lugar da Penha (Santuário da Peninha), e a Anta ou Dolmem de Adrenunes. Muito esclarecedor.
    Desta vez não pude estar presente, mas pela amostra perdi um excelente passeio.
    Parabéns ao João e à Esmeralda pela organização e faço votos que não se esqueçam de o repetir :)
    Abraços.

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