É isto que nos une e o motivo pelo qual somos os Caminheiros Monte da Lua

domingo, 25 de março de 2012

Carregueira e a mudança da hora

De 25 de Março de 2012 - Carregueira
Hoje o grupo encontrava-se um pouco reduzido, no entanto tivemos na nossa companhia dois novos caminheiros.
Saimos da porta de armas do quartel da carregueira pelas 9h 15m.
A hora mudou para a hora de verão e em função disso o Marçal e esposa chegaram às 9h 40m.  Já o grupo tinha partido...
Contactado o Luís Morais pelo telefone logo se resolveu o problema. O Luís Morais e o Rui Hilário foram ao encontro dos caminheiros atrasados, para os incorporar no grupo. O restante grupo seguiu com a Carla que conhecia bem o terreno.  Encontrariamo-nos no moinho. Foi o que aconteceu.
Pelas 10h 30m junto à prisão da carregueira fez-se a junção do grupo. Estava tudo de novo agrupado e prontos para prosseguirmos a caminhada. 
No moinho, um pouco degradado, fizemos uma ligeira paragem para o tradicional "lanche". Confraternizamos com um grupo de simpáticos "bttistas" e contemplamos em todas as direções um lindíssimo vale, com uma panorâmica fantástica onde se observam entre outros a base aérea n.º1, a serra de sintra, a casa de saúde do telhal, as povoações limitrofes, cacém, rio de mouro, mercês,... eixos rodo e ferroviários.
No percurso de regresso o Carlos Teixeira e a Ana Catarina perderam-se. Após uma breve e rápida "pesquisa" regressaram ao grupo.
A finalizar a Maria José Nascimento (festejou o seu aniversário no dia de S. José), quis contemplar os seus companheiros de "route" com umas soberbas cavacas. Obrigado Zé!
Foi um passeio muito agradável, num dia soalheiro, a cheirar a primavera.
A finalizar deixo-vos uma chamada de atenção e um apelo ao salvamento da serra da carregueira suportado pela associação olho vivo. No sitio da referida associação, poderão obter alguma informação sobre o esplendoroso maciço que ainda conseguimos usufruir. Não deixem que ele acabe.
"Apesar da beleza e riqueza do património existente, a Serra da Carregueira está em risco de ser urbanizada. São mais de 700 ha que poderão passar em breve a ser ocupados por loteamentos e empreendimentos imobiliários." (in http://www.olho-vivo.org/serradacarregueira.html )


domingo, 11 de março de 2012

Comemoração da semana... do dia internacional da mulher e do romantismo dos homens...

No passado dia 8 de Março comemorou-se o dia internacional da mulher. Em boa hora o Luís Morais lembrou-se que seria interessante homenagear a mulher com um passeio romântico.
O ponto de encontro foi na Portela de Sintra, edifício do urbanismo da CMS.
Saímos por volta das 9h em direcção à Vila de Sintra. Passamos pela estação de comboios de Sintra, rua do Rio do Porto e Palácio da Vila. Seguimos na direcção da Quinta da Regaleira e Seteais. Com breve paragem em Seteais seguimos pela ruela entre muros, talvez a ruela mais bonita de Sintra. Após subida longa mas acessível, chegamos aos limites do Parque da Pena onde tal mouros a assaltar o castelo, transpusemos o muro que “nos facilita” o acesso ao Parque.
“Penetrados” no parque, a sensação é de estarmos num local paradisíaco, propício ao namoro. O romantismo está bem presente. Talvez influenciado pela história que nos conta, o que o amor entre um Rei de Portugal e uma cantora de ópera conseguiu criar. O fabuloso Parque da Pena em Sintra e o Chalé da Condessa no Parque da Pena.
Ao estar naquele local sente-se os cheiros, os sons, as cores. Sente-se tranquilidade. Com a introdução dos animais sente-se uma união profunda com a natureza. Os robustos cavalos Ardennais, as ovelhas, as cabras e os seus filhotes são uma ternura. Mas o que mais me marca neste sitio é a sumptuosa floresta e jardins envolventes. Um refúgio para os amantes. Foi neste ambiente de profundo romantismo, que num circulo perfeito de arena de assentos de pedra degustamos os nossos suculentos lanches.
Atravessamos o parque e seguimos em direcção a Santa Eufémia.Com uma altitude de cerca de 500m num dia soalheiro como o de hoje observou-se uma vista extraordinária.
Descemos em direcção a S. Pedro de Sintra e pelo percurso das Murtas, Parque da Liberdade, Museu Anjos Teixeira, Estação de comboios de Sintra, Estefânia chegamos ao ponto de partida na Portela de Sintra. Após uma ligeira sessão de ginástica descompressiva dada pela sempre bem disposta Carla, despedimo-nos com a promessa de voltarmos na próxima semana. Até lá companheiros e companheiras.

domingo, 4 de março de 2012

Lugar da Penha (Santuário da Peninha), e a Anta ou Dolmem de Adrenunes

As Origens
Desde tempos imemoriais, a Serra de Sintra, exerceu um grande fascínio no imaginário humano.
A parte ocidental que visitámos, tem ainda mais carga simbolica, talvez, por estar junto ao mar, e por ser a parte última donde, de terra, se vê o pôr do sol e da lua.
Na caminhada de 4 de Março marcámos presença nos dois expoentes máximos  da manifestação do homem nos primórdios da nossa época : o Lugar da Penha (Santuário da Peninha), e a Anta ou Dolmem de Adrenunes.


Origem da denominação de “Sintra”

Sintra, cuja mais antiga forma medieval conhecida "Suntria" apontará para o indo-europeu “astro luminoso” ou “sol”.
Terá sido designada por Varrão (Marco Terêncio Varrão) e Columela (Lúcio Júnio Moderato) como Monte Sagrado.
No passado romanceado e em muito ajudado pela História, o "Promontório de Ofiússa" (Ofiússa: como os gregos antigos designavam o território português:"Terra das Serpentes"), a "Mons Lunae" ou "Serra da Lua" ou “Promontório da Lua” segundo Ptolomeu.
O geógrafo árabe Al-Bacr, no século X, caracterizou Sintra como “permanentemente mergulhada numa bruma que se não dissipa” (*).
Luís Vaz de Camões indicou-a como “Onde a terra se acaba e o mar começa”.
(*) para o nosso caso particular, em que nos adensamos no nevoeiro que não nos deixou apreciar a linda paisagem, este senhor foi o que mais perto da verdade ficou...


História sobre a edificação no Lugar da Peninha
Na base do monte da Peninha, situa-se a Ermida de São Saturnino dos tempos medievais, erigida por D. Pêro Pais, companheiro de armas de D. Afonso Henriques na conquista do território português, sendo assim desse modo, uma das mais - senão a mais - antigas ermidas de Portugal (Século XII - o início de Portugal).
No cume do monte da Peninha, a Capela de Nossa Senhora da Penha (Santuário da Peninha), remonta ao século XIV. Existe, também, uma referencia em que D.Manuel que terá comparticipado na sua construção em 1511, entregou a sua utilização à Ordem de São Jerónimo.
Em 1673, esta ermida caiu por ocasião de um terramoto, e passados uns anos, um devoto ermitão, frei Pedro da Conceição, empregou todos os seus haveres na construção de uma igreja, dedicada a Nossa Senhora da Peninha.
Aqui viveu frei Pedro da Conceição numa gruta, trinta e cinco anos. A sua sepultura, que está da parte de fora da igreja, tem este epitáfio tão melancólico como o sítio: “Aqui jaz o Eremita de Nossa Senhora da Peninha, o irmão Pedro da Conceição. Pede um Padre-Nosso e uma Ave-Maria pelos benfeitores”.
Dividindo o cume do monte da Peninha com o Santuário da Peninha, existe o Palácio da Peninha, ou o Palacete de Carvalho Monteiro, o homem que mandou edificar a Quinta da Regaleira, e que deu início aos trabalhos na Peninha em 1918, tendo-os deixado praticamente no início, devido ao seu falecimento em 1920.


Anta de Adrenunes

Antas ou Dólmens são monumentos megalíticos destinados a túmulos colectivos. Representam a primeira manifestação religiosa do Homem.
De origens que remontam ao espaço temporal situado entre o V e o III milénio A. C. na Europa (época Megalítica) encontram as raízes dos seus nomes de “Dolmem” (do Bretão "dol" = "mesa" e "men" = "pedra"), e no Latim "Antas" significando "pilares que ladeiam portas".
Estes monumentos podem ser conhecidos também por "arcas", "orcas", ou "palas".
Em termos de cultura popular, poderão ser também conhecidos como "fornos de mouros", "pias", ou "casas de mouros".
Mais do que um menir, que mais que guarda não é de um único sepulcro, um Dólmen ou Anta funciona como sepultura colectiva, e esta, a de Adrenunes, voltada a poente para no cessar do dia o pôr-do-sol iluminar o sepulcro de todos que nele residem, é um monumento híbrido, que conjuga elementos naturais da Serra granítica com alguns elementos arquitectónicos.

Referencias utilizadas:
wikipédia (Sintra) - http://pt.wikipedia.org/wiki/Sintra

Esmeralda Luís