É isto que nos une e o motivo pelo qual somos os Caminheiros Monte da Lua

domingo, 10 de junho de 2012

Alhandra - S. João dos Montes


Hoje acordámos com um dia chuvoso. É daqueles dias que nos apetece ficar a dormir mas o gosto da aventura, a amizade e o respeito que merecem todos os caminheiros eleva o nosso moral e a decisão fica facilitada.
O Luís em colaboração com o simpático caminheiro alhandrense José Duarte, ligado à natureza local, organizaram este passeio em terras Alhadrenses.
Saímos de Mem Martins, eram oito horas da manhã. Depois de percorridos 48 km (de automóvel…) chegamos a Alhandra junto ao pavilhão multiusos eram cerca de nove horas da manhã.
Feitos os cumprimentos, oferecidas águas e camisolas saímos do Parque Urbano do Cevadeiro e seguimos em direcção ao centro de Alhandra através do passeio pedonal / zona Ribeirinha.
O passeio pedonal, ciclovia e zonas de estar, tem cerca de 3km foi construído em aterro conquistado ao rio Tejo. Ao longo deste passeio sente-se o prazer do rio e todo o potencial do mesmo que não é totalmente aproveitado. Falta alguma manutenção nas zonas de estar e percebe-se a falta do turismo de qualidade que a zona poderia oferecer e que merece.
Chegados a Praça Soeiro Pereira Gomes, junto à Sede da Soc. Euterpe Alhandrense fomos brindados por um “aquecimento ligeiro”. Uma aula de ginástica. Música e movimento junto ao rio. A aula foi ligeira pois aguardava-nos um percurso “violento”. 15 Km “militares”.
Seguimos em direção ao monumento das Linhas de Torres. O acesso é difícil num caminho ingreme e cascalhoso. Chegados ao monumento “Herculeano” de gosto duvidoso, ficamos “refrescados” com a soberba vista e esquecemos de imediato as dificuldades.
Seguimos em direcção à freguesia de S. João dos Montes.
Fizemos uma paragem "gustativa" no átrio da igreja matriz de S. João dos Montes onde com toda a amabilidade nos abriram a igreja para a podermos visitar.
A igreja é consagrada a São João Baptista. Realça-se, no interior, de uma só nave, algumas imagens sagradas de grande interesse, bem como o altar de talha dourada.
Em conversa com moradores informaram-nos que a Igreja foi fundada no século XIII, sendo que o edifício actual data do século XVI. Salientaram a existência de sepulturas medievais reaproveitadas e no cemitério, a existência de um conjunto de lápides funerárias do século XIX (foi pena não observarmos estes aspectos com mais cuidado).
Para não esquecermos que “somos caminheiros” continuamos as subidas.
Percorre-se percursos com vistas muito interessantes, mas com aldeias despovoadas, casas mal conservadas, em quase abandono, fraca agricultura, pomares mal cuidados, alguma vinha. terrenos guardados por cães zelosos.
Sente-se que a “presença” humana é feita de “passagem” e a permanência assegurada pelo fiel amigo “o maravilhoso e dedicado animal – o cão”.
Fica-se com a sensação que entre Alhandra e Vila Franca, há um novo caminho para descobrir…
Chegamos rapidamente ao ponto de partida, o Parque Urbano do Cevadeiro onde era apresentada uma exposição medieval.
Alguns caminheiros “mascararam-se” de cavaleiros, rainhas, e até travestis… Outros deliciaram-se com a ginjinha e outros refrescaram-se nos “repuxos malandrinhos”.
Não abandonamos Alhandra sem a sempre simpática e agradável surpresa do Luís, Tina e Zé que ofereceram a todos os caminheiros um suculento e bem regado lanche. O nosso muito obrigado.